Legado de amor do Reino | ekklēsia para todas as nações

Deus quer criar uma estrutura organizacional para seu povo que vai além do que manifestamos até agora. Essa transformação tem implicações profundas para a ekklēsia. Conforme descrito em Efésios 4:11-16, Deus está trabalhando para levar o corpo de Cristo à plena maturidade. Aqui estão algumas das coisas que o Espírito Santo está trabalhando para realizar. Os apóstolos não apenas voltarão a ocupar seus lugares, mas também recuperarão a autoridade. Não se trata apenas da restauração de uma função no corpo de Cristo, mas de toda a maneira como a ekklēsia é estruturada, governada e funciona. Isso implica grandes mudanças na maneira como tudo é feito. O povo de Deus aprenderá o que os apóstolos realmente são, sobre sua graça, seu lugar, seu propósito e sua natureza. Muitas noções preconcebidas mudarão nesse processo.

O Credo Niceno descreve a igreja como "uma igreja santa, universal e apostólica". O povo de Deus reconhecerá que ser apostólico não significa "simplesmente ter apóstolos", mas que está no DNA de seu povo ser apostólico. Jesus era apostólico, ele foi enviado, e nós também carregamos sua imagem. O Espírito está preparando a ekklēsia mais ampla para uma intimidade maior com Cristo, um amor maior uns pelos outros, uma confiança maior nos líderes, uma disposição maior para servir e muito mais que muitos de nós ainda nem pensamos. Nós nos tornaremos como a igreja primitiva, e até mais do que eles.

A roupa de baixo de Jesus era sem costura e, da mesma forma, Deus quer levantar líderes para a ekklēsia que sejam tão unidos em amor e propósito que sejam uma cobertura sem costura para o corpo de Cristo. O que temos visto até agora em termos de cobertura por denominações ou organizações será substituído. Algo muito maior e melhor está a caminho. O poder está a caminho, um poder que resulta da unidade (unicidade). O poder que foi perdido para nós voltará por meio do "verdadeiro encontro com o corpo de Cristo" (1 Coríntios 11:29-30). Houve consequências por ignorarmos a provisão e a complementação que estão presentes no corpo de Cristo. Nós nos tornamos "fracos e doentes, e muitos até morreram". Como corpo de Cristo, podemos reconhecer que nenhum indivíduo pode compreender e visualizar todas as dimensões de Deus. Podemos aprender novamente a desfrutar, complementar e completar uns aos outros na dependência mútua e na necessidade do corpo maior.

A unidade do corpo de Cristo em todo o mundo não é uma unidade externa, mas algo que vem do coração. Trata-se de mais do que trabalhar juntos por uma causa, mas de uma verdadeira união de espírito e sentimentos. É a resposta à oração de Jesus em João 17:21, na qual ele pediu a Deus "que todos sejam um, assim como tu, Pai, estás em mim e eu em ti. Que eles também estejam em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste". Jesus orou pelo tipo de unidade que Jesus e o Pai tinham. Ainda não alcançamos essa unidade. Nós, como arquétipos do ministério apostólico e profético, não temos dúvidas de que Jesus será ouvido e voltaremos a essa verdadeira unidade e, portanto, ao poder que resulta dela.

Isso é semelhante ao relacionamento entre Jesus e os discípulos, Paulo e Timóteo, Elias e Eliseu, e Moisés e Josué. Quando a ekklēsia estiver novamente centrada em relacionamentos, o ministério espiritual se assemelhará ao dos primeiros crentes. Ele refletirá o modelo do Pai e do Filho. Jesus (Deus) era o filho de um pai e Deus também era o pai de um filho. Em última análise, isso não será (e nunca deveria ser) legal, mas um relacionamento de coração. É para o verdadeiro amadurecimento do povo de Deus. Ainda não temos um conceito completo da plenitude dos planos de Deus. No entanto, como um núcleo apostólico, ficamos entusiasmados com o fato de que Sua mão está no leme da ekklēsia para guiá-los. Jesus guardou o melhor vinho para o final. Um legado de amor.